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Desde 1895, a Lenogue tem sido sinônimo de elegância e sofisticação no design de interiores. Nossa jornada começa na Provença francesa, atravessa as transformações artísticas do século XX e encontra um novo capítulo no Brasil, onde traduzimos a herança europeia em experiências contemporâneas e sensíveis para o público latino-americano.
Aqui compartilhamos essa história rica e inspiradora, marcada por valores atemporais, pela busca da beleza funcional e pela conexão profunda entre espaços e pessoas.
Émile Lenogue nasce em Saint-Aurèle, França, filho de um marceneiro e uma costureira. As raízes da marca começam na tradição artesanal provençal.
Em Paris, Émile aperfeiçoa suas habilidades, influenciado pelo Art Nouveau e pelo efervescente cenário artístico da Belle Époque.
Após a Primeira Guerra Mundial, Émile funda o Atelier Lenogue em Lyon, adaptando-se à estética Art Déco e desenvolvendo um estilo próprio.
Jean-Pierre Lenogue assume a direção e expande a marca com projetos emblemáticos na Riviera Francesa e parcerias internacionais.
Jean-Luc Lenogue leva a filosofia da marca para além da Europa, incluindo os primeiros contatos com o Brasil.
Nasce a representação oficial da Lenogue no Brasil, traduzindo a elegância francesa para o contexto tropical brasileiro.
"A elegância nasce do silêncio das mãos que moldam o belo." – Émile Lenogue
O ano era 1895. A França vivia um de seus períodos mais férteis no campo da arte, ciência e sociedade: a Belle Époque. Era o tempo de Monet, Toulouse-Lautrec, dos primeiros filmes dos irmãos Lumière e da eletrificação das grandes cidades. O país respirava um otimismo pós-revolucionário, e Paris se consolidava como capital mundial da cultura e da sofisticação.
Longe da agitação da capital, nos campos dourados da Provença, uma região marcada por lavandas, colinas, luz natural e vilarejos de pedra, nascia Émile Lenogue. Seu berço foi o vilarejo fictício de Saint-Aurèle, entre Avignon e Aix-en-Provence, cercado por vinhedos e pelas tradições artesanais da região.
Émile era filho de Louis Lenogue, um marceneiro respeitado localmente por seus entalhes em carvalho e nogueira, e de Margaux, uma costureira e bordadeira que criava cortinas e estofados para casas burguesas e pequenos hotéis da região. A casa dos Lenogue era, ao mesmo tempo, oficina, ateliê e lar – um verdadeiro laboratório de texturas, aromas e saberes manuais.
Ainda criança, Émile passava as tardes observando o pai talhando molduras ornamentadas e a mãe alinhavando tecidos com desenhos florais, seguindo a tradição do "artesanato funcional", onde cada peça tinha tanto um propósito quanto uma presença estética. Essa formação visual e sensorial moldaria para sempre sua percepção de beleza: beleza que nasce da matéria-prima e ganha alma nas mãos humanas.
Durante uma visita à cidade de Arles, ainda adolescente, Émile conhece uma exposição itinerante de mobiliário influenciado pelo movimento Art Nouveau, que começava a se espalhar pela Europa. Curvas inspiradas na natureza, ornamentos fluidos e uma nova relação entre arte e função chamaram sua atenção. Ali, pela primeira vez, ele entende que o que seus pais faziam — de forma intuitiva e prática — era, na verdade, uma forma legítima de arte.
Aos 17 anos, Émile cria sua primeira peça original: uma cadeira de jantar entalhada com arabescos inspirados nas videiras locais e forrada com linho bordado pela mãe. A peça é vendida a um pequeno restaurante em Avignon, e o proprietário comenta: "Elle a quelque chose de spécial… C'est une vraie pièce de Lenogue." ("Ela tem algo especial… É uma verdadeira peça Lenogue.")
A partir desse momento, o sobrenome Lenogue passa a circular como sinônimo de peças únicas, feitas à mão, com atenção aos detalhes e um certo charme francês difícil de explicar, mas impossível de ignorar.
"Em Paris, descobri que beleza não é apenas forma – é gesto, é ideia." – Émile Lenogue
Em 1907, aos 22 anos, Émile Lenogue parte de Saint-Aurèle rumo à capital francesa. Era uma época em que Paris respirava arte em cada esquina. A cidade vivia uma era de ouro criativo: nas galerias, o Fauvismo e o Cubismo emergiam com artistas como Matisse e Picasso; nas ruas, a Arquitetura Art Nouveau já desenhava portais ondulados e vitrais coloridos.
Em Paris, Émile consegue um estágio como auxiliar em um pequeno ateliê que produzia mobiliário sob encomenda para cafés, bistrôs e maisons bourgeoises. Sua sensibilidade natural o faz se destacar rapidamente. Com boas referências, consegue uma colocação temporária como aprendiz de acabamento em um dos ateliês associados à lendária Maison Jansen – uma das primeiras casas internacionais de design de interiores, fundada em 1880.
Na Jansen, Émile tem contato com projetos para palácios europeus, embaixadas e hotéis de luxo. Aprende sobre proporções clássicas, combinações cromáticas e a importância do "silêncio visual" – um conceito que viria a marcar suas futuras criações: ambientes que impressionam não pelo excesso, mas pela harmonia.
Émile frequenta as exposições do Salon d'Automne, onde conhece o trabalho de artistas como Émile Gallé, Hector Guimard e Charles Rennie Mackintosh. Inspira-se na organicidade do Art Nouveau, mas começa a desenvolver um estilo mais contido, que equilibra forma e função – uma espécie de "minimalismo ornamental", onde cada detalhe carrega um propósito.
Neste período parisiense, consolidam-se três valores centrais que acompanhariam a marca para sempre:
Esse período efervescente e criativo seria interrompido pela chegada da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Como muitos jovens franceses, Émile é convocado. Parte para o front com um caderno de esboços no bolso e a promessa de que, se voltasse, dedicaria sua vida à criação de beleza – como forma de resistência ao caos.
"Não basta criar o belo – é preciso criar o memorável." – Émile Lenogue
Depois de sobreviver à Primeira Guerra Mundial, Émile Lenogue retorna a Paris em 1919. Os horrores do front haviam deixado marcas profundas, mas também uma urgência vital: a de criar beleza como um antídoto à brutalidade. A Europa buscava recuperar-se da devastação, e o Art Nouveau começava a ser substituído por algo mais racional, geométrico e cosmopolita: o Art Déco.
Em 1926, nas margens do Rhône, em Lyon, Émile inaugura o Atelier Lenogue, com a proposta clara: criar peças sob medida e projetos decorativos completos para cafés, hotéis, casas noturnas e residências que buscavam sofisticação atemporal.
O estilo que começa a ganhar forma é reconhecível:
Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa entra em um ciclo intenso de reconstrução urbana, social e cultural. Émile Lenogue, já com mais de 60 anos, decide passar a direção do atelier para seu sobrinho e discípulo, Jean-Pierre Lenogue, formado em Arquitetura pela École des Beaux-Arts e com passagens por estúdios de design escandinavo.
Nos anos 1950, enquanto o mundo presencia o surgimento do design moderno industrial, a Lenogue decide seguir um caminho alternativo: em vez de apostar na produção em massa, refina sua assinatura artesanal e a integra com soluções arquitetônicas.
Jean-Pierre propõe o conceito de "ambientes silenciosos" – espaços que falam mais pelo equilíbrio de materiais, iluminação e composição do que por elementos chamativos. Esta abordagem atrai um público específico: diplomatas, hoteleiros, diretores de cinema, artistas e colecionadores. Pessoas que buscavam mais do que móveis bonitos – queriam ambientes com alma e contexto.
Nos anos 60, a Lenogue assina projetos de interiores em cidades como Nice, Cannes e Saint-Tropez, e gradualmente expande para outros países europeus como Suíça e Itália. A marca começa a ser vista como curadora de atmosferas e referência em sofisticação discreta.
"Expandir não é crescer em volume, é crescer em profundidade." – Jean-Luc Lenogue
A década de 1980 trouxe um mundo mais conectado, mais rápido – e mais sedento por autenticidade. No mercado de luxo, especialmente no design e na hotelaria, crescia a demanda por experiências personalizadas e memoráveis.
É nesse cenário que entra Jean-Luc Lenogue, filho de Jean-Pierre, formado em História da Arte pela Sorbonne e com pós-graduação em Gestão de Projetos Culturais em Florença. Ele assume a direção criativa e estratégica da marca com um novo olhar: respeitando o legado, mas expandindo as possibilidades.
Jean-Luc entendeu que a Lenogue não precisava "exportar produtos" – precisava levar sua filosofia de design ao mundo. Assim, ao invés de abrir lojas ou franquias, ele opta por um modelo boutique de expansão por projetos: colaborações com arquitetos, designers de interiores e hoteleiros de diferentes países que buscavam sofisticação autoral.
Durante a década de 90, Jean-Luc é convidado a participar de um projeto de ambientação em um hotel boutique no bairro do Jardim Europa, em São Paulo. Encantado com o contraste entre a arquitetura modernista brasileira e a exuberância tropical, ele começa a visitar o país com frequência.
A partir dessa aproximação, a marca Lenogue começa a formar laços com arquitetos e designers brasileiros, que viam na marca francesa um contraponto elegante à estética tropical. Essas primeiras colaborações plantariam a semente para a futura representação oficial da Lenogue no país.
Ao final dos anos 90, a Lenogue já não era apenas um nome entre os ateliês franceses. Ela havia se tornado uma filosofia estética internacional, baseada na exclusividade do feito sob medida, na fusão entre tradição europeia e expressão local, e na criação de ambientes como forma de narrativa cultural.
"Mais do que assinar espaços, queremos inspirar encontros." – Equipe Lenogue Brasil
O século XXI trouxe desafios inéditos para o mundo: globalização acelerada, novas relações com o espaço físico, transformação digital e uma crescente valorização da autenticidade. Em meio a esse cenário, a Lenogue entendeu que precisava se reconectar com o essencial: criar beleza com propósito.
Essa reconexão levou a um movimento natural: ampliar a presença da marca em países que compartilham o apreço por elegância, cultura e sensorialidade. O Brasil, com sua riqueza estética, talento criativo e diversidade arquitetônica, tornou-se o destino ideal para esse novo capítulo.
Mais do que um novo mercado, o Brasil representa uma nova linguagem visual e emocional para a Lenogue. Aqui, a marca encontra arquitetura moderna tropical, uma cultura de hospitalidade calorosa e profissionais criativos e ousados, abertos ao diálogo entre tradição e inovação.
Em 2019, em um charmoso ponto de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, nascia a representação oficial da Lenogue no Brasil. Mais do que abrir um comércio físico, o projeto foi pensado como um espaço de curadoria e encantamento, onde cada objeto, tecido e peça mobiliária carregava consigo um traço da elegância francesa – e um convite à contemplação.
No ano seguinte, o mundo parou. A pandemia de COVID-19 mudou tudo: hábitos, rotinas, prioridades – e também o modo como nos relacionamos com os espaços à nossa volta. Com a restrição da circulação e o fechamento do comércio físico, a Lenogue Brasil foi obrigada a se reinventar rapidamente.
Mas não resistimos à mudança – abraçamos o digital como uma nova forma de conexão e inspiração. Levamos a Lenogue para o universo online sem perder o toque artesanal, sensorial e personalizado que sempre definiu a marca. Em vez de vitrines físicas, criamos experiências digitais com alma.
Aos poucos, a Lenogue foi conquistando espaço no imaginário dos arquitetos, designers e clientes que buscavam mais do que produtos bonitos – buscavam ambientes com identidade, história e propósito. Em 2023, alcançamos um novo patamar de reconhecimento: consolidamos nossa presença no Brasil como referência em interiores de alta sensibilidade estética, com curadoria refinada e atendimento totalmente online.
Atuamos com:
Ao longo de nossa história, alguns valores permaneceram constantes, definindo a essência da marca Lenogue e guiando nossas criações e relacionamentos:
Criamos ambientes que transcendem tendências passageiras, combinando classicismo e contemporaneidade em uma linguagem sofisticada e equilibrada.
Acreditamos no valor do feito à mão, no cuidado com os detalhes e na unicidade de cada projeto, respeitando a história e a identidade de quem o habita.
Buscamos o "silêncio visual" – espaços que emocionam não pelo excesso, mas pela composição harmoniosa entre materiais, formas, texturas e luz.
A representação brasileira da Lenogue é mais que uma ponte entre continentes — é um ponto de encontro entre história, estética e emoção. Levamos a beleza atemporal da França a cada canto do Brasil com sensibilidade e propósito. Porque no fim, um ambiente bem pensado não só acolhe – ele transforma.
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